Assim como muitos, eu sempre tive vontade de viajar e conhecer o mundo. Quando mais novo, eu e minha família viajávamos bastante pelo Brasil, e algumas das melhores que me vem à cabeça pensando rápido são: Bonito, em 2015; Beach Park e Fortaleza, em 2017, onde já havíamos morado no começo dos anos 2000, e o Rock in Rio de 2019.
Eu também tive a oportunidade de viajar ainda mais nos meus anos de atleta de natação, no qual rodei boa parte do Brasil, com destaque para capitais que nunca havia ido, como Salvador, Brasília e João Pessoa. Houve também uma única viagem internacional como atleta, e a primeira da minha vida, para Luanda, na Angola.
Apesar de praticamente “viver na estrada”, minha primeira experiência viajando completamente sozinho aconteceu em 2016 quando fui para Nova York fazer um intercâmbio de um mês. Os planos originais eram de ir para Londres, mas com a libra sendo mais cara (na época não tão cara como hoje) que o dólar, os EUA pareciam uma opção mais viável.
Acho que, no fundo, não queria tanto assim fazer intercâmbio, sabia que era algo necessário para desenvolver meu inglês, mas queria mesmo poder sair de casa e me virar sozinho em um lugar diferente por um tempo, onde cresceria como pessoa. A segunda opção, antes do intercâmbio, era viajar pra Los Angeles ou NY por apenas duas semanas, mas meu visto foi negado e então precisei de um motivo maior para que me dessem a autorização. Daí surgiu a ideia do intercâmbio e NY já era de grande influência na minha vida.
Ok, fui para a Big Apple e, como era esperado, me apaixonei. Só tinha 18 anos na época e não tinha nenhum amigo na cidade, mas escolheria viver o resto da vida ali, mesmo que naquelas condições. Naqueles tempos isso não foi possível, eu ainda nadava e minha vida era diferente. Mas sabia que algum dia voltaria para lá.
Corta para 2021, atualmente. Durante esses anos eu: fiz faculdade, viajei em família, parei de nadar, viajei sozinho, namorei, comecei a trabalhar, terminei, covid apareceu, me formei e perdi minha mãe.
Ao longo desses episódios eu também planejei diferentes viagens, para diferentes lugares e com propostas diferentes. Nenhuma veio a ocorrer. Apesar de querer ir para a Escócia mais do que tudo , voltar para NY sempre foi algo presente na minha mente. Sabia que ao terminar a faculdade iria colocar uma mochila nas costas e sair para o mundão, especificamente Europa, até falei disso para meus pais, que apoiaram minha ideia. Mas raramente as expectativas se tornam realidade, e o plano de ir para o velho continente foi pausado. Afinal, já estou formado e a pandemia continua bem ativa. Mas eu não desisto facilmente.
Com o fim do meu estágio, formatura, perda da minha mãe e a incerteza de quem eu serei, não vi outra opção a continuar com meu plano de conhecer o mundo, adaptado agora.
Com isso, dia 23 de julho parto para a primeira etapa desse novo plano, onde vou para San José, na Costa Rica, ficar quarentenado num Airbnb por 16 dias, para depois seguir viagem para, como não podia ser diferente, Nova York.
Te convido a entrar nessa nova etapa da minha vida comigo.
Partiu?